quarta-feira, 29 de abril de 2020

Uma Carta de Liberdade

Olá, pessoal.
Se você está vendo essa publicação eu fico muito agradecido. Não tenho postado com frequência e não acumulo tantas visualizações assim nos meus posts.

Hoje eu queria compartilhar algo bem pessoal: Uma carta. Um dos momentos mais importantes em minha vida, quando eu optei por seguir um caminho diferente do que eu seguia a anos (10 anos, mais ou menos) em um grupo religioso. Eu a encontrei em minha nuvem dois anos após escrevê-la.
Tive uma sensação de gratidão quando a li depois de tanto tempo. Sei que disse muitas coisas que não precisava, que fui em alguns pontos arrogante, ingrato, prepotente, porém me sinto feliz por não estar tão sobrecarregado e infeliz como eu era quando escrevi essa carta.

Essa carta é uma Carta de Desligamento entregue a meu antigo líder religioso.
Apreciem e, se possível, opinem, critiquem, o que quiserem nos comentários ou no meu email: junioralves35@outlook.com.

Ayrson Heráclito, série Desenhos da Liberdade. Carta de Liberdade ...


Carta ao XXXXXX (E ao conselho) 
Por, Luis Claudio X X Junior 

É por meio dessa carta que eu venho comunicar ao XXXXXX e ao conselho que estou pedindo o meu afastamento do rol de Membros da XXXXXXX. 
Os meus motivos são particulares, embora eu tenha compartilhado minha 'trajetória' com algumas pessoas que, por alguma maneira, me fizeram sentir-me bem em partilhar quaisquer que fossem os motivos da minha 'perversão aos padrões'. Tais pessoas alcançaram a minha simpatia (pois a palavra confiança vai além desse conceito fútil que temos hoje, ao meu ver, claro) para que eu fosse tão sincero sobre os fatos ocorridos, pelo simples motivo de terem sido tão honestas e diretas. 
Há menos de duas semanas recebi a notícia de que pessoas estavam acompanhando minhas redes sociais e tinham se incomodado com minhas postagens, pois elas tinhas uma carga de apologia a determinados movimentos (que não citarei aqui, mas poupem-me se alguém se faz de desentendido), além do uso de vocabulário 'inadequado'. O maior agravante, penso eu, foi a postagem de Daniela Mercury que eu compartilhei. Vai abaixo o dito texto: 

"Quando a gente é criança o mundo não tem parede. Aprendam a tirar a parede de tudo, de vocês mesmos, não se encarcerem, não entrem no quadradinho. Mantenham a liberdade, a pureza que vocês tinham quando crianças". 

Seria estupidez minha tentar desvincular esse texto do sentido que ele possui quando lido por completo, já que ele é o fragmento de uma entrevistaE o incômodo se deu a partir daí, um determinado indivíduo, creio que muito preocupado com minha integridade moral, decidiu procurar o mesmo texto no Google, achando, portanto, a entrevista em sua íntegra. Gostaria muito de saber o real motivo do surgimento de tal interesse em procurar o texto no citado site de busca (mas convenhamos, todos sabemos que Daniela Mercury é gay. Teria sido esse o motivo? Já que a XXXXXX está acostumada a julgar os outros sem analisar a esfera maior do problema?). Acredito que a ideia que foi disseminada sobre esse trecho já está interiorizada nas mentes, então, pouparei meus esforços. 
Todavia, convenhamos, postei esse e diversos outros materiais com ideias ‘mundanas’ e vocabulário chulo. Se me envergonho ou arrependo? De maneira alguma. Diferentemente do que vemos hoje nessa vida, não tenho problemas em expressar quem realmente sou e o que penso. A maior sinceridade a se alcançar é a com nós mesmos. Se eu fui arrogante, soberbo, hipócrita, grosseiro, fútil, superficial, egoísta não tenho problemas em reconhecer isso, já que estou adotando muitas dessas posturas nessa carta. Minha vida e meu comportamento mudaram quando aprendi isso. Não existe juiz mais implacável do que nossa consciência (exceto Deus, claro) e dado momento que alcançamos paz interna com nossos pensamentos, somos livres do fardo da autodestruição, livres da opressão psicológica criada por nós mesmo ou pela XXXXXX (não vou entrar nesta discussão). Livre, também, para encarar as consequências de nossas escolhas.
O que me incomodou foi o fato do DETERMINADO-IRMÃO-QUE-EU-SEI-QUEM-É, caso haja dúvida, não ter tratado diretamente comigo sobre o ocorrido. Não somos próximos, não temos contato, mas, por incrível que pareça, o mesmo virou meu fã no Facebook. Não sei se era descuido dele reagir a muitas das minhas publicações antes de tirar suas próprias conclusões e compartilhar com outros, ou fazia isso exatamente para mostrar que estava ali. Sinceramente, eu achei tal atitude pérfida (caso não saiba o significado, faz sua especialidade, dá um Google).

CONTINUA...
Como a carta é grande; vou dividi-la. Obrigado por ler :)  

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